in

Brinquedos de barro revelam que crianças faziam seus próprios brinquedos 30 mil anos atrás (www.megacurioso.com.br)

Brinquedos de barro revelam que crianças faziam seus próprios brinquedos 30 mil anos atrás

Um aspecto pouco explorado pelos paleontólogos até hoje é a vida das crianças e adolescentes durante o Paleolítico Superior Europeu (entre 45 mil e 10 mil anos atrás), em suas comunidades. Um estudo recente, publicado na revista PLOS ONE, se baseou em pegadas e impressões de mãos para intuir o papel de jovens aprendizes na arte rupestre da época.

A coisa toda começou com o exame de fotos de alta resolução de 489 artefatos de cerâmica de Dolní Vestonice I e II, Pavlov I e VI e Predmostí, cinco sítios arqueológicos de República Tcheca. As duas questões da pesquisa foram: “1. Os produtos cerâmicos de aprendizes podem ser distinguidos daqueles feitos por especialistas? 2. Se sim, podemos dizer se esses aprendizes eram crianças?”.

As autoras do artigo, Rebecca Farbstein e April Nowell, ambas especialistas em pré-história da Idade do Gelo, apostam que eram crianças, e justificam em seu estudo: “as cerâmicas são menores, mais assimétricas e o resultado de sequências e técnicas de produção mais simples e curtas do que artefatos feitos de outros materiais. Além disso, eles demonstram um maior grau de experimentação, heterogeneidade tecnoestilística e improdutividade”.

Aprendendo e brincando na pré-história

Dois lados de uma mesma cabeça de leão, mostrando falta de atenção do artesão. (Fonte: Rebeca Farbstein & Abril Nowell, PLOS ONE, 2024/Divulgação)

O que as especialistas estão tentando dizer na verdade é que, pelo nível de “barbeiragens” no manuseio da argila e das técnicas, só poderia se tratar de alguém que não sabia muito bem o que estava fazendo. E a prova disso são estatuetas humanas e de animais que, além de meio deformadas, são quebradiças e cheias de marquinhas de dedos.

Seja por não seguir as técnicas de cerâmica ao pé da letra, ou porque fizeram os objetos na base da farra que é comum a qualquer grupo de adolescentes, “muitas estatuetas e fragmentos de estatuetas exibem rachaduras típicas de choque térmico, indicando que as cerâmicas eram frequentemente queimadas antes de estarem suficientemente secas”, diz o estudo.

Mas a assinatura definitiva veio das impressões digitais dos “artistas”, “e a maioria delas pertence a crianças”, afirmam as autoras no estudo. As descobertas revelam insights importantes sobre o papel das crianças em sociedades antigas e que a aprendizagem lúdica não é assim tão nova como podemos pensar.

Crianças pré-históricas brincando como crianças

Estátuas milimétricas de mamutes do tamanho de soldadinhos de chumbo. (Foto:
Estátuas milimétricas de mamutes do tamanho de soldadinhos de chumbo. (Fonte: Rebeca Farbstein & Abril Nowell, PLOS ONE, 2024/Divulgação)

Em entrevista à Smithsonian Magazine, a antropóloga Jane Baxter, antropóloga da Universidade DePaul, em Chicago,  e autora de A arqueologia da infância, afirmou que as evidências analisadas por Nowell e Farbstein “são incrivelmente fortes e também uma explicação realmente plausível para o que elas estão encontrando”. 

Para Baxter, que não participou da…

Aniyomi: La herramienta definitiva para disfrutar anime y manga gratis en tu dispositivo móvil (miescapedigital.com)

La Casa de la Entrevista se convertirá en el Centro de Recepción de Visitantes de Alcalá, pero seguirá siendo un espacio expositivo mejorado (alcalahoy.b-cdn.net)