São Paulo — O prefeito
Nunes, que já havia comparecido, sem discursar, à manifestação convocada por Bolsonaro em 7 de setembro, na Avenida Paulista (e ido embora antes do discurso do ex-presidente), fez uma defesa enfática da anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023, uma bandeira bolsonarista. Ao participar de uma sabatina do Metrópoles, ele afirmou que as pessoas presas não participaram de uma tentativa de golpe de Estado e deveriam responder apenas por vandalismo.
Ainda ao Metrópoles, o prefeito disse que a soltura de usuários de maconha detidos por posse de drogas antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) iria “fortalecer os traficantes” e criticou a medida.
Nunes disse ainda, em três oportunidades, nesta semana, que “errou” ao exigir o passaporte da vacina durante a Covid-19 — o documento atestava que o portador havia se vacinado e sua apresentação era obrigatória em lugares públicos. O documento era visto por bolsonaristas como uma “obrigação” para que a população se vacinasse.
O prefeito ainda reforçou, durante uma entrevista a um podcast conservador apresentado por Paulo Figueredo, neto de João Figueredo, um dos presidentes da ditadura, sua posição contrária ao aborto. A gestão Nunes vem sendo alvo de uma série de críticas por dificultar o acesso ao aborto previsto em lei, como para vítimas de estupro, após a 22ª semana.
Bolsonaro, por sua vez, além de participar de uma nova chamada pública de vídeo com Nunes — realizada durante uma caminhada do prefeito, ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Mercado Municipal de Pinheiros, na zona oeste —, gravou um novo vídeo de apoio ao prefeito.