Consumidores apontam mudança de sabor na Heineken (www.metropoles.com)

Consumidores da

apontaram, nas redes sociais, mudanças no sabor da cerveja ao longo dos últimos três anos. Nesta segunda-feira (3/6), a coluna revelou que a Heineken Brasil mudou sua fórmula original de produzir a cerveja e não comunicou aos consumidores, pelo contrário, seus canais de comunicação afirmam ainda seguir a receita histórica que consagrou a cerveja em todo o mundo.

No Twitter, o usuário Edu Passarelli disse que participou de um teste de cervejas e que foi apontado a maturação mais curta da cerveja. “Um alto executivo de HNK me escreveu em outra rede colocando em dúvida minha idoneidade”, disse Passarelli.

A fórmula original da Heineken, divulgada em toda a publicidade da cervejaria, determina que a bebida seja produzida em 28 dias. Documentos obtidos pela coluna, porém, apontam que, desde 2021, a cerveja vem sendo produzida também em 21 e 23 dias.

Já o usuário Edson Alves disse que há cerca de três anos deixou de beber a Heineken por perceber “algo errado no gosto da cerveja”. Outro tuíte, do usuário Edmar, ressaltou que a cerveja, atualmente, está “mais fraca e perdeu o amargor característico que tinha”.

Procurada pela coluna, a Heineken disse que a produção “sempre foi de no mínimo 21 dias” — um discurso completamente diferente do adotado em sua comunicação institucional. A afirmação também contrasta com os documentos dos testes feitos pela cervejaria, para avaliar o impacto que a redução teria no sabor final da cerveja.

Funcionários que trabalharam na Heineken, ouvidos pela coluna sob a condição de anonimato, afirmaram que a série de testes para a mudança da fórmula original da Heineken no Brasil começou há pelo menos três anos, com o objetivo de suprir a demanda por cerveja no país.

Em seu site oficial, a Heineken afirma que a cerveja é produzida da mesma forma desde 1873, quando foi fabricada pela primeira vez. A empresa menciona em seu site, inclusive, que a cerveja demora “longos 28 dias” para ficar pronta. A coluna não encontrou na comunicação da Heineken nenhuma menção às mudanças feitas no Brasil.

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