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No Mês da Consciência Negra, o Núcleo Ajeum celebra a existência de corpos pretos no Centro Cultural São Paulo (catracalivre.com.br)

No Mês da Consciência Negra, o Núcleo Ajeum celebra a existência de corpos pretos no Centro Cultural São Paulo

 

 

De 07 a 10 de novembro de 2024, quinta-feira a sábado às 20h, domingo às 19h, com entrada gratuita, o Núcleo Ajeum ( @nucleoajeum ), realiza uma temporada especial com dois espetáculos diferentes no Centro Cultural São Paulo, ao lado da Estação Vergueiro do metrô. 

 

No Mês da Consciência Negra, o grupo apresenta os espetáculos “PADÊ” e “IKU”, que refletem, cada um à sua maneira, sobre a transformação e a revitalização dos corpos pretos através do movimento, da integração de suas experiências e da descoberta de suas subjetividades, exaltando a potência da vida e das experiências que geram sentido.

 

Em “PADÊ”, Djalma Moura, criador, coreógrafo e diretor do núcleo, instiga os bailarinos a externalizar desejos e pulsões de vida, criando uma dança ebó que arrasta as mazelas que afligem meninos e meninas negras, enfrentando os extermínios que os ameaçam. 

 

Esta dança revitaliza corpo e espírito, celebrando a vida e seus desejos carnais, partilhando boas notícias e transformando-se em um novo eu. É um convite ao gozo, prazer e gargalhadas.

 

“PADÊ” explora a manutenção da vida a partir da persistência e do desejo. Quais anseios nos mantêm vivos? Quais movimentos buscamos para encontrar vitalidade?

 

Já o espetáculo IKU transforma a percepção da morte, revelando-a como uma energia cíclica vital para os afrossentidos em momentos de passagem. Refletindo sobre a morte através da Ikupolítica, a montagem celebra a vida dos ancestrais e suas valiosas contribuições à comunidade.

 

O grupo mergulha em estruturas africanas e afro-diaspóricas, explorando a mitologia de Iku e o Cosmograma Bakongo, que entrelaça vida e sol. A Kalunga, símbolo da morte, reflete a fluidez do que nos constitui.

 

Neste contexto, o Núcleo Ajeum confronta o temor das vidas pretas, frequentemente alvo de injustiças, conectando-se aos saberes milenares do povo bakongo e destacando sua visão singular sobre a morte.

 

O espetáculo “IKÚ”  foi lançado em versão para o palco e versão de filme, ambas indicadas ao Prêmio APCA de 2022. A versão filme “IKÚ: A Morte Um Dia Acolherá o Orí” foi a vencedora deste prêmio na categoria “Espetáculo não estreia” em 2022. A versão presencial ganhou o Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança na categoria Direção e Dramaturgia, no mesmo ano. 

 

O Núcleo Ajeum, em seus últimos trabalhos, explora o ciclo de nascimento, vida e morte. Em “IKÚ”, a poética da morte evoca a perda, a reorganização comunitária e a celebração dos legados deixados. Já em “LAMA”, a manipulação do barro simboliza a revitalização do corpo, questionando suas relações. E em “PADÊ” busca respostas criativas sobre a desordem, convidando à reflexão e ao reencontro com a própria essência.

 

Informações: www.nucleoajeum.com, www.facebook.com/nucleoajeum e @nucleoajeum

 

Serviço: Temporada Núcleo…

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