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Vem entender!
Entre as empresas que mais avançaram mercadologicamente, a Shein virou não apenas uma companhia extremamente rentável, mas também uma máquina de produção e distribuição. No entanto, os dados apresentados pela própria varejista sinalizam que no últimos três anos esse progresso foi de grande custo para o planeta.
O portal Business of Fashion (BoF) publicou recentemente um material com os números divulgados pela Shein sobre os níveis de emissão de gás carbônico na atmosfera. De acordo com a análise, a companhia excedeu os próprio limites, alcançando números preocupantes para o mercado e principalmente para o meio ambiente. Atualmente, tem o título de maior poluidora da moda, segundo o BoF.
Os dados da Shein
No ano passado, a pegada de carbono de empresa quase triplicou em relação aos dois anos anteriores. A Shein declarou que em 2021 era responsável pela emissão de 6 toneladas de dióxido de carbono, o que representa níveis atrás da faixa atual das concorrentes.
Vale lembrar que em 2021 o mundo ainda enfrentava a pandemia, que colaborou com a alta nas compras on-line. No cenário, plataformas se transformaram em verdadeiras multinacionais. Mesmo com todo o combustível gasto para transporte e envio de peças, os dados apontam a produção como o processo mais danoso.
Nos dados atuais, referentes a 2023, a Shein alcançou a marca de 16.7 toneladas (t) de CO², mantendo uma distância considerável de outras grandes produtoras como a label esportiva Nike, que atingiu as 9.5 t , ou a também fast fashion H&M, com 8.6 t. A maior concorrente, Inditex, dona da Zara, que antes estava no posto de maior poluidora, desta vez bateu 16.4 toneladas.
As métricas são tão altas que chegam a superar o percentual de receita da Shein. Isso coloca a Shein no centro de uma contradição e abre uma questão para os investidores interessados nas práticas do Environmental Social Governance (ESG). No relatório recente, o CEO da Shein, Sky Xu, reconheceu que a situação é “particularmente crítica”.