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Por que (e como) algumas pedras de granizo ficam tão grandes?

Imagine estar no meio de uma tempestade e, de repente, uma bola de gelo do tamanho de uma laranja cair do céu. Assustador, não? Agora imagine se ela pesasse mais de um quilo! Foi exatamente isso que aconteceu em Gopalganj, no Bangladesh, em 1986. A tempestade de granizo que atingiu a região deixou 92 mortos e produziu pedras de até 1 kg, estabelecendo um recorde mundial sombrio.

Mas, como essas bolas de gelo crescem tanto? Um estudo recente realizado na Catalunha, na Espanha, trouxe respostas surpreendentes. A pesquisa foi publicada na Frontiers in Environmental Science.

Impacto devastador

Pedras de granizo gigantes mostraram a força imprevisível da natureza. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A tempestade de granizo que atingiu Gopalganj, em 1986, deixou marcas profundas. Devido ao tamanho das pedras, o episódio se tornou um dos mais extremos já registrados. Embora eventos como esse sejam raros, eles destacam o impacto devastador do granizo gigante, especialmente em regiões vulneráveis.

Avançando para 30 de agosto de2022, na Catalunha, uma tempestade lançou pedras de granizo de até 12 cm de diâmetro — quase do tamanho de uma bola de tênis! O cenário não foi menos dramático: casas destruídas, linhas elétricas danificadas, moradores feridos e a morte de um bebê de 20 meses atingido na cabeça.

Algumas dessas pedras foram preservadas pelos moradores em freezers, e o que parecia um ato aleatório acabou sendo essencial para a ciência quando os pesquisadores da Universidade de Barcelona aproveitaram a oportunidade para estudar mais profundamente essas pedras.

O que os cientistas descobriram

O granizo pode causar danos significativos e deixar marcas duradouras. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Usando equipamentos de tomografia computadorizada os cientistas examinaram algumas das pedras recolhidas. Foram produzidas mais de 500 imagens 3D de cada pedra, mostrando detalhes impressionantes, como as camadas de crescimento, os diferentes níveis de densidade e até como a gravidade influencia na forma final.

Um ponto curioso é que o núcleo das pedras, chamado de embrião, nem sempre está no centro. Isso significa que as bolas de gelo crescem de forma imprevisível, dependendo das condições dentro da nuvem durante a tempestade. Em alguns casos, o lado mais grosso da pedra indicava o lado que estava voltado para baixo durante a queda — um detalhe fascinante, mas que também reforça o quão perigosas elas podem ser.

A ciência por trás dessas descobertas pode parecer complexa, mas tem um propósito direto: desvendar como o granizo se forma para prever e mitigar os danos de futuras tempestades. Com o aquecimento global, eventos extremos como os de Bangladesh e Catalunha tendem a se intensificar.

Felizmente, os avanços tecnológicos estão nos ajudando a compreender melhor esses fenômenos e a nos preparar para o que está por vir. Enquanto isso, da próxima vez que uma tempestade se formar, talvez seja bom olhar para o céu e torcer…

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