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Nova lei japonesa repensa desperdício de alimentos e descarte de resíduos

O ser humano conseguiu fazer do planeta um grande campo minado. A cada ano, cerca de 2,12 bilhões de toneladas de lixo são produzidas pelo ser humano, segundo o World Counts, reflexo do fato de que 99% das coisas que compramos são descartadas em 6 meses. Para se ter uma ideia, se todo esse lixo fosse colocado em caminhões, seria possível dar a volta ao mundo 24 vezes.

Os

de produção afetam diretamente cerca de 64 milhões de pessoas, representando uma séria ameaça à saúde humana e ao meio ambiente. O depósito de lixo eletrônico de Agbogbloshie, em Agrana, no Gana, recebe mais de 192 mil toneladas de resíduos eletrônicos por ano e é responsável por poluir o solo, o ar e a água da região, ameaçando a saúde de mais de 10 mil pessoas que vivem da triagem e reciclagem.

A chegada do forte movimento de industrialização, consequência do pós-guerra de 1945, aumentou a produção de resíduos dez vezes na segunda metade do século passado, apenas devido a essa aceleração da vida urbana. Até 2025, as cidades do mundo devem produzir cerca de 90 milhões de resíduos, o triplo do que em 2009.

Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos adequados para consumo são descartados todos os anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Combinado às consequências que inspiraram o aumento do aquecimento global, o nível de produção estabelecido pelo longo espectro do capitalismo também está por trás do motivo pelo qual um terço de todos os alimentos para consumo humano no mundo é perdido ou desperdiçado. Nos campos, as condições climáticas desbalanceadas pela ação do homem destroem plantações e atraem mais pragas e doenças.

Os alimentos são perdidos devido a métodos ineficientes de colheita, transporte e armazenamento. Na cidade, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos adequados para consumo são perdidas anualmente por meio de descarte deliberado em lojas, supermercados e residências.

Enquanto os Estados Unidos lideram o ranking das nações que mais desperdiçam alimentos no mundo, o Japão é um dos poucos países a agir ativamente, apostando na redução de resíduos e reciclagem de alimentos.

Buscando o “alimento perfeito”

A cada ano, Japão chega a jogar fora 28,4 milhões de toneladas de alimentos em bom estado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

No entanto, diferente do que se pensa, não é porque os japoneses são mais conscientes com sua alimentação e priorizam e valorizam a ruralidade que constitui sua identidade milenar, que significa que desperdiçam menos lixo.

Na verdade, o que torna o país de rendimento elevado diferente dos demais é apenas as iniciativas ativas na tomada de decisão das leis do governo, considerando que jogar fora todos os anos cerca de 90 quilos de comida por pessoa é demais para uma nação insular com espaço limitado em aterros sanitários e uma meta de maior sustentabilidade. A comida representa cerca de 40% do lixo que o país incinera,…

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